No consultório, é muito comum ouvir de pacientes que sua glicose está alterada, mas não sente nada. Essa mentalidade pode fazer o paciente adiar mudanças no estilo de vida ou uso de medicações e, no caso do pre-diabetes, isso pode representar um grande risco para o desenvolvimento do diabetes e até de aumento do risco de complicações mais comuns ao paciente já com diabetes.
Normalmente, o pre-diabetes se inicia sem sintomas e as alterações na glicose são menos intensas do que na pessoa que tem diabetes e só são detectadas em exames de rotina. Os principais fatores de risco são sedentarismo, hipertensão arterial, história familiar, dieta inadequada e outros. Ele é diagnosticado quando a glicemia de Jejum está entre 100 e 125 mg/dL ou a curva glicêmica (aquele exame em que tomamos um líquido bem doce) fica entre 140 e 200 mg/dL. Nesta fase, o principal objetivo são as mudanças no estilo de vida, buscando-se otimizar a dieta e os exercícios. Em alguns casos, o endocrinologista pode prescrever algumas medicações para combater ou retardar a evolução da doença. Sempre é importante dizer que o medicamento ajuda a normalizar os índices, mas, para impedir que chegue aos níveis de diabetes, o paciente deve sempre manter a sua rotina saudável.